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Chegamos naquela época do ano em que milhares de desocupados e amargurados retornam à TV aberta - coisa cada vez mais infrequente na geração atual - para acompanhar ao vivo o único evento televisivo que ainda consegue convergir donas de casa, jovens desempregados e tuiteiros comediantes.
A vigésima quarta edição dessa instituição brasileira chamada Big Brother Brasil promete vir com muitas confusas novidades e participantes polêmicos. Quando eu digo confuso, pode botar confuso nisso: o tanto de dinâmicas diferentes que o suposto diretor Boninho tirou da caixola esse ano é coisa de se abismar (tanto na questão da ~ média ponderada ~ quanto no tal puxadinho). E quando eu digo 'participantes polêmicos' digamos que estou exagerando. É aquele mesmo esquema de sempre.
Mas um elemento precisa urgentemente mudar.
O apresentador já veterano Tadeu Schmidt, em sua terceira edição neste ano de 2024, simplesmente não demonstra ter aprendido muita coisa desde que assumiu a função do taciturno Tiago Leifert em 2022. Tadeu não tem nem de perto a sobriedade, a sagacidade, a crueldade que seus antecessores tinham.
Não estou nem um pouco querendo amaciar o ego sensível de Leifert e Pedro Bial aqui, são pessoas um tanto repudiáveis (ao que parece), mas para exercer o cargo de capitão desse experimento social sádico que é o reality show mais famoso do mundo, precisamos de pessoas repudiáveis no comando.
Pessoas que não tem medo de castigar verbalmente os famosos do camarote (lembrando carinhosamente das vezes que Leifert deu um pisão mental em Fiuk), que não tem medo de brincar mentalmente com os participantes em joguetes psicológicos (a manipulação que Bial fazia com o elenco) e que principalmente saibam fazer discursos de eliminação decentes, nem sempre com profundidade, mas com camadas que comuniquem sutilmente o que o jogo necessita.
Tadeu falhou miseravelmente em seus primeiros anos com essa persona afável e "paizona" demais. Os discursos são cada vez mais pedantes e poucas vezes o apresentador acertou o tom ao se corresponder com os integrantes do programa.
Cabe a nós também tentarmos procurar motivos para essa virada de tom na apresentação nas intenções do diretor Bonifácio. Será que foi um pedido dos executivos ter um BBB mais aguado? Ou foi e continua sendo somente uma questão de direção criativa?
Precisamos de respostas. E espero que o BBB24 traga uma.
Em breve mais relatórios do reality e da TV brasileira aqui no TVLaint.
